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É triste afirmar que estou ficando cega, surda, mas nunca serei muda para tudo que se refere à vida da minha cidade. E bem pertinho de mim, lugar onde brinquei e acompanhei a mudança, o pouco caso que estão fazendo do lugar, uma das principais entradas da cidade.
Rua da Praia, Avenida Feliciano Sodré onde por coincidência tem um “ Patrimônio Cultural da Coletividade de Pessoas Cegas”, homenagem a Louis Braille em lugar adequado. Sentadinho em lugar estratégico vê tudo que acontece nos bastidores. Inclusive a falta das peças de bronze alusivas ao patrimônio que sumiram. Cego ele? Nada. Ele, como toda a população admira o cais, os jardins os quais são citados em placas que dizem: quem ama a natureza ama seus jardins, arborização: as lindas árvores morrendo lentamente cobertas de ervas e algumas se curvam diante da muralha do cais como em choro parecendo deixar as lágrimas caírem na água , calçamento, tudo que foi construído em 1938 por uma Macaé + bonita!
Coisa engraçada. Uma rua que não é rua e sim Avenida Presidente Sodré, e também não tem praia e sim o rio e mar, doce e salgado, vida e alegria.Um é o encontro das águas do Rio Macaé com o Atlântico, que forma, em dias de maré alta, as pequenas ondas próximas à Barra. O outro é a lembrança das traineiras e barcos pequenos, ancorados junto à foz nos finais de tarde, além da pesca de arrastão que só estão na memória junto ao pontal que aparece e some.
Através dela vemos o rio Macaé, antigo rio dos bagres, que nasce na nossa serra, próximo ao pico do Tinguá, em Nova Friburgo, o mesmo rio que Charles Darwin cita quando em passagem pela América do Sul, a bordo do Beagle: ...visitar sua propriedade, situada “a bem mais de 100 milhas da capital”, às margens do rio Macaé.
Quando criança íamos pescar, muitos bagres, pequenos baiacus ou peixe-balão e era festa coçar a barrigada deles. Ainda lembro da minha mãe gritando quando meu irmão pulava do cais e ia nadando até o pontal: volta!! Risos, mas pela ponte. E agora o mesmo rio segue seu caminho e coitado cada vez mais sujo e poluído. Por sorte achei uma garça branca melancólica e como eu nos sentimos fora do contexto ao ver os repugnantes urubus, que se alimentavam da carniça de um animal malcheiroso fazendo parte do cenário.É o branco no preto ou o preto no branco? “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara” Braille morreu, mas chega a escuridão vive!
Pena afirmar isto que cada vez mais presente em contrapartida da ausência dos manacás, das roseiras, das figueiras ou ficus, dos pinheiros, do relógio do sol, da fonte luminosa – que um dia disseram: o chafariz voltará a funcionar com toda sua majestade enfim, o tempo e o desdém mais uma vez estão fazem com que percamos a nossa linda Rua da Praia e com ela a tradição da procissão marítima nos festejos de São Pedro, o glamour do Iate Clube, com seus festivais do chopp onde colecionávamos a canecas de cerâmica e qual o macaense que nunca namorou por ali?
Ah! Chega de lamento.Nossa história está sendo ignorada e depreciada. Então devaneando vou acender meus ideais com uma lanterna nem que seja do 1,99 para iluminar meu passado porque afinal todo sonho teve uma realidade.
Rua da Praia, Avenida Feliciano Sodré onde por coincidência tem um “ Patrimônio Cultural da Coletividade de Pessoas Cegas”, homenagem a Louis Braille em lugar adequado. Sentadinho em lugar estratégico vê tudo que acontece nos bastidores. Inclusive a falta das peças de bronze alusivas ao patrimônio que sumiram. Cego ele? Nada. Ele, como toda a população admira o cais, os jardins os quais são citados em placas que dizem: quem ama a natureza ama seus jardins, arborização: as lindas árvores morrendo lentamente cobertas de ervas e algumas se curvam diante da muralha do cais como em choro parecendo deixar as lágrimas caírem na água , calçamento, tudo que foi construído em 1938 por uma Macaé + bonita!
Coisa engraçada. Uma rua que não é rua e sim Avenida Presidente Sodré, e também não tem praia e sim o rio e mar, doce e salgado, vida e alegria.Um é o encontro das águas do Rio Macaé com o Atlântico, que forma, em dias de maré alta, as pequenas ondas próximas à Barra. O outro é a lembrança das traineiras e barcos pequenos, ancorados junto à foz nos finais de tarde, além da pesca de arrastão que só estão na memória junto ao pontal que aparece e some.
Através dela vemos o rio Macaé, antigo rio dos bagres, que nasce na nossa serra, próximo ao pico do Tinguá, em Nova Friburgo, o mesmo rio que Charles Darwin cita quando em passagem pela América do Sul, a bordo do Beagle: ...visitar sua propriedade, situada “a bem mais de 100 milhas da capital”, às margens do rio Macaé.
Quando criança íamos pescar, muitos bagres, pequenos baiacus ou peixe-balão e era festa coçar a barrigada deles. Ainda lembro da minha mãe gritando quando meu irmão pulava do cais e ia nadando até o pontal: volta!! Risos, mas pela ponte. E agora o mesmo rio segue seu caminho e coitado cada vez mais sujo e poluído. Por sorte achei uma garça branca melancólica e como eu nos sentimos fora do contexto ao ver os repugnantes urubus, que se alimentavam da carniça de um animal malcheiroso fazendo parte do cenário.É o branco no preto ou o preto no branco? “Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara” Braille morreu, mas chega a escuridão vive!
Pena afirmar isto que cada vez mais presente em contrapartida da ausência dos manacás, das roseiras, das figueiras ou ficus, dos pinheiros, do relógio do sol, da fonte luminosa – que um dia disseram: o chafariz voltará a funcionar com toda sua majestade enfim, o tempo e o desdém mais uma vez estão fazem com que percamos a nossa linda Rua da Praia e com ela a tradição da procissão marítima nos festejos de São Pedro, o glamour do Iate Clube, com seus festivais do chopp onde colecionávamos a canecas de cerâmica e qual o macaense que nunca namorou por ali?
Ah! Chega de lamento.Nossa história está sendo ignorada e depreciada. Então devaneando vou acender meus ideais com uma lanterna nem que seja do 1,99 para iluminar meu passado porque afinal todo sonho teve uma realidade.
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