sábado, 22 de novembro de 2008

Presente de grego!











Dias passados li em algum lugar: Patrimônio histórico de Macaé, a Igreja de Santana (diga-se Sant'anna) vai ganhar um presente neste Natal. E como uma cidadã que se preza fui verificar. Que susto! Quanta saudade!A Igreja de Santana foi fundada em 1898, no local onde foi erguida a primeira capela dos jesuítas. A capela primitiva data de 1630 e foi erguida pelos jesuítas, sofrendo depois muitas reformas, sendo a última em 1896. A linda igreja branca fica no topo do morro de Sant'ana e nem imaginava que agora vão mudar sua cor original: a fachada externa terá duas cores: a base branca e os detalhes em salmão.Que presente de Natal ela vai ganhar. Além de ter de dividir o espaço com uma imagem horrível de um Cristo Redentor que construíram em 2000 e que está invadindo seu espaço em comparação à colocação de modo que quando passamos vemos sim um vulto enorme branco que não nos diz nada e ainda por cima maculando a beleza da igreja que chamava a atenção por sua beleza e significado cima do morro.Nosso querido historiador A A Parada ao menos devia ser respeitado pois ele mesmo se refere à igreja como: “ a igrejinha tão branca, que lá debaixo já lhe havia chamado a atenção...” Logo ele que é o marco das nossas lembranças.Lá de cima temos uma visão do que é nossa cidade.Macaé: serra e mar. Você que nada sabe da nossa história passe por lá e verá a orla marítima, o Rio Macaé e seu manguezal e ao fundo a região serrana e do outro o lado urbano numa mistura de dar dó.O orgulho de ter sido uma cidade organizada com suas ruas paralelas se perde no emaranhado de galpões, prédios e haja parabólica para ajudar em tirar a beleza. Mas dizem que é o progresso. O cruzeiro secular continua o mesmo, mas apareceu uma nova praça: Praça Outeiro de Sant'anna (mais uma que eu desconhecia, ainda vou escrever sobre quantas praças temos). Parece que cada vez mais a memória se encurta, mas se depender de nós não! Nossa gente e uma boa parte de nossa história está bem vivinha lá no cemitério: o escritor macaense Luiz Lawrie Reid, nosso grande político e amigo Cláudio Moacyr de Azevedo, Adyr Luiz de Schueler e toda minha família. Bem, melhor pegar minha lata d'água e colocar na cabeça, porque afinal sou do tempo das Marias e descer a ladeira devagar para lembrar de como é bom ser macaense e gritar bem alto: meu nome gente é Macaé! E quem sabe no próximo Natal a cidade veja as luzinhas da igrejinha piscando de verdade e que um Papai Noel blogueiro de verdade, um velhinho danado com seu saco vazio, apareça e possa recolher as coisas que não desejamos e nos fazem infelizes ache este texto e tenha tempo para refletir sobre tudo que aqui deixei e nos presenteie com nossas lembranças que não ficarão em lembranças.

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