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Andando pela minha rua em linha reta ganho logo a avenida pavimentada que recebeu o nome em homenagem àquele que construi o largo paredão de pedra - prefeito Elias Agostinho - obra que, segundo nosso historiador A.A. Parada, embelezou a praia de Imbetiba. Qual o macaense que nunca andou nas areias grossas e cheia de conchas marinhas peroladas, os caramujos , as carapaças dos moluscos que colecionávamos ou serviam para fazer enfeites, brincou nas ressacas que jogavam água na avenida?
Parei, encostei-me na primeira árvore que encontrei e um filme começou a passar: os banhos na praia de águas altas ( origem do nome:imbituba, imbetiba) , as brincadeiras que fazíamos na câmera de ar dos pneus onde sentávamos em grupos de 6 ou mais com as pernas presas na mesma e corpo solto balançando nas águas, a parte de areia monazítica que sumiu juntamente com os tatuís e me senti como um: " procurando um sentido pra vida eles viajam em seu mundo sub-aquático". O Sesc, o trampolim, o SENAI, as pessoas andando de bicicleta descendo a Avenida Agenor Caldas como um desfile em dia de festa. Aliás na Imbetiba todo dia era dia de festa. O peixe frito do Mocambo, os bombocados feitos em casa por Dona Abigail e que Daniel saia vendendo no tabuleiro.
Nos anos 80 ela era o point da cidade onde sentávamos no paredão para tomar um sorvete Sorriso, tomar um chop no Redondo, a garotada na pista de skate e outros grupos jogando pelada na parte onde a areia era mais batida e plana. E agora chegando a Semana Santa fico a lembrar de que há pouco tempo ainda podíamos ter o paredão como cenário do Auto da Paixão: servia de palco montado encenando a vida de Cristo, do nascimento à morte.
E também já foi palco de festã pagã. O antigo e velho carnaval com as marchinhas tradicionais.
Mas chega o progresso e com ele os dois lados: o positivo e o negativo. Que a ordem se estabeleça para que o mesmo seja positivo.
Agora surge um projeto que pretende duplicar a pista, a construção de banheiro, ciclovia e um deck de madeira para que moradores possam arriscar uma pescaria. Além disso, a praça será toda urbanizada e o local vai ganhar o Museu do Petróleo. ????????????? Não sei o que vai acontecer.
Será que pensaram que em breve a praia não mais terá sol por causa dos altos prédios que já o estão bloqueando? E teremos segurança para que tal mudança possa permanecer? E o espaço das caminhadas será preservado? O filme pára. Sempre calada, calma e pensativa, e com o olhar fixado no imenso mar as imagens começam a voltar.As pessoas que fazem sua caminhada dia a dia e logo depois um mergulho e voltam para casa com o pão fresco pego na primeira fornada da padaria São Jorge, a corredora Aparecida que todo dia se exercita na areia que já fez parte do cartão postal da cidade. Então fico triste revendo planos, conceitos e renovando os desejos , m as parece que isso não me preenche completamente, imaginei logo a razão desta tristeza e preocupação: por mais que olhe, não encontro nenhuma resposta diante do meu artigo-apelo-alerta, não tenho vergonha de expressar o que amo.Apenas tiro as sandálias, caminho na areia, e para não surtar sento-me no degrau de uma das escadas e me dou conta ser tão pequena diante de um passado-presente que talvez nunca volte a encontrar.
Parei, encostei-me na primeira árvore que encontrei e um filme começou a passar: os banhos na praia de águas altas ( origem do nome:imbituba, imbetiba) , as brincadeiras que fazíamos na câmera de ar dos pneus onde sentávamos em grupos de 6 ou mais com as pernas presas na mesma e corpo solto balançando nas águas, a parte de areia monazítica que sumiu juntamente com os tatuís e me senti como um: " procurando um sentido pra vida eles viajam em seu mundo sub-aquático". O Sesc, o trampolim, o SENAI, as pessoas andando de bicicleta descendo a Avenida Agenor Caldas como um desfile em dia de festa. Aliás na Imbetiba todo dia era dia de festa. O peixe frito do Mocambo, os bombocados feitos em casa por Dona Abigail e que Daniel saia vendendo no tabuleiro.
Nos anos 80 ela era o point da cidade onde sentávamos no paredão para tomar um sorvete Sorriso, tomar um chop no Redondo, a garotada na pista de skate e outros grupos jogando pelada na parte onde a areia era mais batida e plana. E agora chegando a Semana Santa fico a lembrar de que há pouco tempo ainda podíamos ter o paredão como cenário do Auto da Paixão: servia de palco montado encenando a vida de Cristo, do nascimento à morte.
E também já foi palco de festã pagã. O antigo e velho carnaval com as marchinhas tradicionais.
Mas chega o progresso e com ele os dois lados: o positivo e o negativo. Que a ordem se estabeleça para que o mesmo seja positivo.
Agora surge um projeto que pretende duplicar a pista, a construção de banheiro, ciclovia e um deck de madeira para que moradores possam arriscar uma pescaria. Além disso, a praça será toda urbanizada e o local vai ganhar o Museu do Petróleo. ????????????? Não sei o que vai acontecer.
Será que pensaram que em breve a praia não mais terá sol por causa dos altos prédios que já o estão bloqueando? E teremos segurança para que tal mudança possa permanecer? E o espaço das caminhadas será preservado? O filme pára. Sempre calada, calma e pensativa, e com o olhar fixado no imenso mar as imagens começam a voltar.As pessoas que fazem sua caminhada dia a dia e logo depois um mergulho e voltam para casa com o pão fresco pego na primeira fornada da padaria São Jorge, a corredora Aparecida que todo dia se exercita na areia que já fez parte do cartão postal da cidade. Então fico triste revendo planos, conceitos e renovando os desejos , m as parece que isso não me preenche completamente, imaginei logo a razão desta tristeza e preocupação: por mais que olhe, não encontro nenhuma resposta diante do meu artigo-apelo-alerta, não tenho vergonha de expressar o que amo.Apenas tiro as sandálias, caminho na areia, e para não surtar sento-me no degrau de uma das escadas e me dou conta ser tão pequena diante de um passado-presente que talvez nunca volte a encontrar.
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