sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

SESI Cultural - Macaé

PARABÉNS UNIDOS DA TIJUCA♥

PARABÉNS UNIDOS DA TIJUCA♥ G.R.E.S. UNIDOS DA TIJUCA – 2012

O DIA EM QUE TODA A REALEZA DESEMBARCOU NA AVENIDA PARA COROAR - O REI LUIZ DO SERTÃO
“Quero ser lembrado como o sanfoneiro que amou e cantou muito seu povo, o sertão;

que cantou as aves, os animais, os padres, os cangaceiros, os retirantes,

os valentes, os covardes, o amor.”

Luiz Gonzaga

 Toca a sanfona porque a festa vai começar!

Abre e fecha esse fole que a comitiva vai chegar

A Avenida é a estrada que leva sertão adentro

E ninguém que aqui está esquecerá esse momento.



De lembrar que, em noite de estrela, nasceu um rei no sertão

Que virou majestade de tanto ensinar o baião

Andando e cantando a história de seu povo

Cem anos depois, ele vai ser coroado de novo.



Convidamos reis e rainhas pra mostrar que desde menino

Luiz Gonzaga, o Lua, já tinha de astro o destino

Mostrava o sorriso e a alegria, cantava e dava lição

Mas lá no fundo guardava saudade no coração.



Senhoras e senhores, o roteiro dessa viagem

Leva a terras distantes, onde um povo de coragem

Desafia a seca e a poeira, do barro ganha a vida

Esculpe a terra, tece a renda, de sol a sol nessa lida



No mercado, montam a banca e é bonito de se ver

E de tudo que há no mundo, nele tem para vender

Cores, cheiros, sabores da cultura nordestina

Lá se compra toda a sorte dessa vida Severina.



Segue o comboio real, vai cruzando o caminho

No lombo do burro, chega às terras de Vitalino

O mestre da escultura, que todo mundo copia

Bonecos que contam a vida, as coisas do dia a dia.



Mas pra conhecer o sertão, é preciso ter coragem

Atravessar a caatinga, seguir em frente a viagem

Pedir benção, rezar com fé, ser beato, ser romeiro

E reunir com toda a tropa, lá na Missa do Vaqueiro.



Senhores, rainhas e reis, o Rei do Baião anuncia

Que, depois de tanta reza, vai crescer a valentia

É pegar a beira do rio, é ser Lampião e Corisco

Pra conhecer a beleza do Vale do São Francisco.



Andar pela margem pra ver a vida que brota dos rios

O Velho Chico crescendo, com água que vem dos baixios

A cana, os frutos, o gado, o canto do passarinho

Cantar a saudade do rei, desse tempo de menino,



Toca a boiada, vaqueiro! Segue em guarda o cangaço

Que cada afluente que corre do Velho Chico é um braço

Desce pro sul até ver carrancas que trazem a sorte

A cara feia que espanta não deixa ter medo da morte.



“Simbora” que vem a noite, é hora de ver balão

Que as festas já começaram, tem “arraiá”, tem quentão

São José foi no plantio, na colheita é São João

A quadrilha já tá pronta, vai ter forró e baião.



E a sanfona anima o povo, todos vão se apresentar

Pra comitiva real, ao som do fole brincar

Bumba meu boi, maracatu, frevo, pagode e reisado

E tudo que precisar pra gente ficar animado.



Foi cantando pelo sertão que Gonzaga virou rei

De tanto cantarem junto, sua canção hoje é lei

Da poesia na praça, da valentia e coragem

Sua lição ganha as rádios, difunde sua mensagem.



Nas estações onde passa, vai contando sua vida

Espalha alegria e raça, hoje ganha a Avenida

E a Tijuca agora brinca e pra todo o mundo diz

Que a estrela de Gonzaga no céu descansa feliz.



Paulo Barros (carnavalesco)

Isabel Azevedo

Simone Martins

Ana Paula Trindade